quinta-feira, 14 de abril de 2011

Desligue isso... Não te fará bem!



Basicamente, eu estava lendo (como sempre), atrás de um PC com meu companheiro e velho cobertor e meu fiel pote de chocolate, pedindo aos deuses da Net que meus pais não acordassem. Juro se for preciso, não fazia nada reprovável (exceto o fato de desobedecer a rígida ordem 'não fique no computador até altas horas da noite'!).
Até que ele entrou.
Eram 11h37 quando vi a janelinha do messenger alertando: "Fulano está on".
Sei que isto é algo comum, simples e corriqueiro para a maioria da pessoas normais, mas é terrível dizer que senti e ouvi os gritos do daquele órgão que pulsa aqui dentro.
Fechei os olhos numa atitude risível - talvez, se eu não ficasse observando aquele conhecido sorriso no canto da tela, as lembranças desistiriam de me perseguir, porém, parecia que aquele aviso durava a eternidade... A eternidade que ele prometeu que existiria entre nós.
Finalmente, voltei ao meu texto inspirativo, esquecendo brevemente do momento indesejado que acabara naquele instante. Seria melhor ignorar o sentimento relembrado.
Foi quando ouvi. Ouvi o inocente e incômodo barulhinho. Baixo, quase imperceptível, mas que fez desabrochar novamente aquele que horror que descansava dentro de mim.
"Saia agora! Vai acontecer tudo de novo! Não vai te fazer bem teclar com ele! Esqueça!"
Como de costume, desobedeci pela enésima vez o conselho de minha cabeça que já estava tão acostumada com minha teimosia que considerava isto como uma pura e patética rotina.
O incrível "Oi, tudo bem?" e a clássica mentira "Sim, e você?" foram escritos, rompendo a barreira para mais uma conversa monótona, mais risos e rostinhos falsos. Sem recordações, sem fatos importantes, sem nexo, sem costume, sem verdades, sem vida.
Apenas mais uma conversa gravada nos registros de uma máquina e embaralhada na memória de outra garota cansada do terrível processo "seremos bons amigos".
Disse "tchau". Desliguei o aparelho e segurei o choro - ser forte é preciso.
O único problema é que ainda torço por um milagre que tire essa doença de mim, essa doença que me caça, que invade meus sonhos e ridiculariza minha vida.
Essa doença que não consigo mais pronunciar o nome, essa doença que chamo de ele.


@BruhVife

7 comentários:

  1. Oi, eu adorei o seu blog. *-* bjo da sophia

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  2. Que lindo. amei o post!, meus parabéns está incrível principalmente o final: "Essa doença que não consigo mais pronunciar o nome, essa doença que chamo de ele."
    Amei(L)

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  3. É uma honra receber visitantes como vcs! Muitoo Obrigada *-*

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  4. Ja perdi as contas de quantas vezes precisei lutar contra meus sentimentos.. É uma doença, é meu vicio... "Essa doença que não consigo mais pronunciar o nome, essa doença que chamo de ele." ~~Perfect... Ranyh

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  5. ooi, amei o blog, e por isso tenho um acordo a propor. Sei que é muito difícil expandir o blog, aumentar rapidamente os seguires e torná-lo famoso, por isso acho que seria legal a união de nossos blogs, o meu e da minha amiga: http://www.duasgarotasumblog.blogspot.com/ e o de vocês! (: Também temos 14 anos, e criamos nosso blog há alguns dias, então achamos que pudesse ter uma parceria entre nós, talvez divulgações, ou até algo mais aprofundado como um junção, que tornaria oo blog mais amplo e cheio de conteúdo, já que nossos focos são diferentes! dêem uma olhadinha no nosso blog, e entrem em contato com a gente, ficaremos felizes em ter uma parceria com vocês!o que acham ? email para contato: duasgarotas1blog@hotmail.com : pelo menos pra gente trocar ideias, hi. beijinhos -NW

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  6. Adorei seus posts! Parabéns!

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  7. É, sei bem como é ficar tenso quando a pessoa que a gente gosta e não quer saber da gente entra on e a gente tem que ficar na nossa. O pior é que isso acontece comigo de forma bilateral com pessoas diferentes :-S

    Beijo e boa sorte,

    J.

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