Você não curte mais aquela música, prefere outros tipos de roupa, se distancia de algumas coisas que antes eram de suprema importância...
A gente acaba pensando que somos os únicos propensos à essas mudanças, mas não. Todo mundo, mais cedo ou mais tarde (e isso não é novidade), terá de enfrentar esta época um dia. A maior decorrência é na adolescência, mas pode ser na infância, na maior idade, quem sabe. A gente muda de acordo com o que precisamos. E querendo ou não, sempre perdemos com isto.
Sempre fui uma criança apegada a certas coisas, ursinhos principalmente. Parece bobagem mas, para uma menina sozinha, a companhia de pelúcias confortava, sei lá. Então teve um dia, não sei porque motivo, decidi me livrar deles.
Isso doeu.
E muito.
Depois de um dos meus surtos, acabei queimando aqueles seres inanimados. Queimando mesmo, botei fogo em todos eles!
Hoje eu acho graça. Quem ouve isso pensa: "Putz, garota doente!", mas na época era necessário (é, sou um tanto psicopata, cuidado).
Mas a (confesso, foi ridícula!) "Queima das Pelúcias" foi o ponto inicial para uma sequência de mudanças e perdas.
É inevitável: se redescobrir exige atitudes dolorosas pra gente e pra outras pessoas também, "abrir mão" nunca será legal. Desapegar-se de um passado que demorou anos sendo construído para se arriscar numa nova realidade completamente desconhecida pede de nós uma audácia um tanto maluca.
... e um pouco de sangue frio também.
Só não saiam queimando coisas por aí.
BruhVife
A gente acaba pensando que somos os únicos propensos à essas mudanças, mas não. Todo mundo, mais cedo ou mais tarde (e isso não é novidade), terá de enfrentar esta época um dia. A maior decorrência é na adolescência, mas pode ser na infância, na maior idade, quem sabe. A gente muda de acordo com o que precisamos. E querendo ou não, sempre perdemos com isto.
Sempre fui uma criança apegada a certas coisas, ursinhos principalmente. Parece bobagem mas, para uma menina sozinha, a companhia de pelúcias confortava, sei lá. Então teve um dia, não sei porque motivo, decidi me livrar deles.
Isso doeu.
E muito.
Depois de um dos meus surtos, acabei queimando aqueles seres inanimados. Queimando mesmo, botei fogo em todos eles!
Hoje eu acho graça. Quem ouve isso pensa: "Putz, garota doente!", mas na época era necessário (é, sou um tanto psicopata, cuidado).
Mas a (confesso, foi ridícula!) "Queima das Pelúcias" foi o ponto inicial para uma sequência de mudanças e perdas.
É inevitável: se redescobrir exige atitudes dolorosas pra gente e pra outras pessoas também, "abrir mão" nunca será legal. Desapegar-se de um passado que demorou anos sendo construído para se arriscar numa nova realidade completamente desconhecida pede de nós uma audácia um tanto maluca.
... e um pouco de sangue frio também.
Só não saiam queimando coisas por aí.
BruhVife